SDA investe na cajucultura em 2010

12 de janeiro de 2010 - 16:31

Cerca de mil produtores familiares de caju serão beneficiados.

O objetivo da Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Ceará (SDA) para os produtores de caju em 2010 é bastante promissor: fortalecer a cadeia produtiva da cajucultura, utilizando mudas de elevado potencial genético que propiciem o aumento da produtividade e renda na agricultura familiar. Com determinação, aplicação de novas tecnologias, além de muito trabalho pela frente, a SDA pretende beneficiar cerca de mil agricultores familiares.

Com um investimento de R$ 3 milhões, os cajueiros improdutivos serão recuperados através da substituição de copas. No total, está prevista a recuperação de 5 mil hectares de cajueiros improdutivos. Além disso, serão implementados cerca de 3.550 hectares de cajueiro anão precoce. Segundo Targino Bonfim, gerente do setor de cajucultura da Ematerce, os resultados esperados são o aumento da produção de castanhas de qualidade superior no Ceará, produtividade da cultura elevada de 300 para 800 kg/ha e um aumento de geração de ocupação e renda na agricultura familiar, pela expansão da área cultivada com cajueiro anão precoce.

O cajueiro anão precoce enxertado é uma técnica que permite que o produtor obtenha várias vantagens, dentre elas, a maior precocidade quanto ao início da produção; período maior de floração e frutificação em relação ao caju gigante; menor porte, facilitando os tratos culturais e a colheita; maior uniformidade quanto ao tamanho da castanha e maior produtividade por área.

O retorno econômico da produção do cajueiro anão é maior, já que a produção média de um hectare de cajueiro comum é de 240 quilos por hectare, enquanto o cajueiro-anão apresenta uma produção de 1.200 quilos por hectare. Além disso, a velocidade também é mais rápida, pois o cajueiro-anão alcança sua estabilidade produtiva a partir do 8º ano.

Já a substituição de copas em cajueiros improdutivos é uma prática agrícola que visa o rejuvenescimento de plantios em decadência e nos cajueiros com baixa produtividade, ou com castanhas de qualidade indesejada. Ela se dá pelo enxerto de clones selecionados, reduzindo em até 60% os custos de implantação, com relação a um plantio novo. Com a substituição de copas é possível obter uma produtividade superior a 600 quilos por hectare de castanhas de boa qualidade, a partir do terceiro ano de plantado.

As regiões onde ocorrerão as implantações das técnicas de cajucultura serão: Inhamuns Crateús; Vale do Curu Aracatiaçu; Litoral Extremo Oeste; Litoral Leste; Maciço de Baturité; Médio Jaguaribe; Região Metropolitana de Fortaleza; Sertão Central e Sobral.

Assessoria de Comunicação da SDA – Kelvia Alves: 85 3101.8137