Cajucultura é tema de debate na TVC

A revitalização da cajuculutra no Ceará, atividade que segundo o Sindicato do Produtores de Caju é responsável pela geração de 30 mil empregos diretos e 100 mil indiretos no estado, foi tema de debate entre autoridades especialistas no assunto na noite de ontem (26), no programa Cena Pública, da TV Ceará. Mediado por Moacir Maia, o debate contou com a participação do secretário do Desenvolvimento Agrário, Camilo Santana, o chefe da Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (Embrapa), Victor Hugo de Oliveira, o secretário da Agricultura de Aquiraz, Paulo de Tarso e o empresário Wagner Jucá.

Segundo Camilo Santana, a cajucultura sempre teve uma grande importância para o setor econômico no Ceará, já que o estado é o maior produtor e exportador de castanha de caju do Brasil. Beberibe lidera o ranking, responsável por 15,5% da produção local. A castanha aparece como o segundo principal produto de exportação do estado, perde apenas para o setor de calçados. De 2008 para 2009, houve um aumento de 27,8% nas exportações das amêndoas. “Para que esse negócio gere cada vez mais resultados positivos, está sendo realizado um conjunto de ações entre o setor privado, produtores, instituições e o próprio Governo para fortalecer não só a produção de amêndoas, mas, também, outros produtos da cajucultura”, explica o secretário.

De todos os produtores de caju do Ceará, 70% são considerados pequenos, por isso, é fundamental a criação desses programas para estimular a continuação da produção. Uma das formas de aumentá-la, dentro do programa de Revitalização da Cajucultura, é a implantação do cajueiro anão precoce, que produz cerca de 600 kg/ha, o dobro do cajueiro comum. Hoje, o Ceará tem 410.433 ha de área plantada, sendo 84% de cajueiro comum e 16% de anão precoce.

Outra forma de fomentar a cultura do caju é a distribuição de mudas. Para o secretário, o Governo do Estado nunca investiu tanto no setor produtivo. De 2007 a 2009, foram distribuídas 2,5 milhões de mudas de cajueiro anão precoce. A meta para 2010 é distribuir 720 mil mudas. No total, isso representa 8.640 ha novos plantados no Ceará. A Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) paga como incentivo ao produtor que aderir ao programa de substituição de copa o valor de 600 reais por ha, além de toda a orientação técnica dada pela Ematerce.

Assessoria de Comunicação – SDA

Kelvia Alves

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