Cultivo Protegido de Tomate muda a vida de agricultores no Cariri

16 de julho de 2010 - 18:24

Os produtores de Cariruaçu estão utilizando essa tecnologia.

Um exemplo de organização, trabalho e superação. A comunidade de Cajueiro, localizada no município de Caririaçu, na Região do Cariri Central, reúne mais de 300 famílias de pequenos agricultores. Com tradição em agricultura de sequeiro, os moradores se encontravam desestimulados com as incertezas trazidas pelas variações climáticas do Ceará.

Conhecendo essa realidade, o Governo do Estado, através da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), Instituto Agropolos do Ceará e Ematerce, apresentou aos moradores uma alternativa de renda bastante promissora para a Região. Com um investimento total da ordem de R$ 42 mil, foi implantada a tecnologia do cultivo protegido de plantas e hortaliças na comunidade.

O sucesso foi tanto, que os técnicos e os produtores que participam desse projeto inovador realizaram um Dia de Campo, para mostrar aos agricultores interessados e aos representantes dos órgãos públicos como funciona essa atividade.

O secretário do Desenvolvimento Agrário do Estado, Antônio Rodrigues Amorim, que está aproveitando a realização da 59ª Expocrato para cumprir agenda intensa de visitas às comunidades rurais do Cariri, participou do evento e se disse admirado e gratificado do com o que viu. “Eles entenderam que, com a tecnologia adequada e com o apoio inicial e eficiente dos nossos técnicos, eles podem trabalhar menos, produzir mais e gerar mais renda”, disse.

O prefeito municipal de Caririaçu, Edmilson Leite, os presidentes da Ematerce e Instituto Agropolos, Itamar Teixeira e Marcelo Pinheiro, e o coordenador de Agricultura Familiar da SDA, Itamar Lemos, também estiveram presentes.

Com um telado de 1.640 m² de áreas, as famílias que estão à frente do projeto estão cultivando tomates longa vida, que dispõem de crescimento indeterminado. De acordo com o técnico do Agropolos, Eulálio Silva, o telado protege o cultivo das variações climáticas e de pragas e doenças sem o uso de agrotóxicos. “ Utilizamos ainda um recurso chamado malche, que é um plástico que serve para fazermos a cobertura do solo. Além de evitar o nascimento de ervas daninhas, ele ainda mantem a umidade do solo” , explicou. O projeto também possui uma estação que fabrica biofertilizantes para adubo das plantas.

Segundo o agricultor José Gonçalo Aquino, foram os próprios moradores que confeccionaram manualmente o telado, e o suporte foi feito com a madeira da Região. Ele revelou que o tomate foi plantado a 90 dias e possui uma produtividade de 54 kg por planta, ao todo são 2.500 pés. Aquino afirma que eles irão vender toda essa produção na Feira de Produtos Orgânicos de Juazeiro do Norte e por todo o Cariri. “Estamos em estado de graça, daqui para frente só temos a crescer”, comemora.

 

Assessoria de Comunicação da SDA – Jully Gomes (85) 3101.7631