Amorim conhece o Projeto Pingo D’Água

23 de agosto de 2010 - 15:04

No Vale do Forquilha, em Quixeramobim, a produção de tomate alcança 87 mil quilos por hectare.

O Vale do Forquilha, localidade que reúne 500 famílias no interior de Quixeramobim, é cenário de fartura, organização e qualidade de vida no campo. Um sistema que emprega tecnologia simples, operado manualmente, é usado para perfuração poços de baixa profundidade, que garante o acesso a água de boa qualidade. É o Pingo D’ Água, projeto revolucionário implantado na Região pela Prefeitura Municipal de Quixeramobim, com a consultoria de agrônomos franceses.

O secretário do Desenvolvimento Agrário do Estado, Antônio Rodrigues Amorim, esteve no local, onde visitou as dezenas de áreas que também utilizam a tecnologia do cultivo protegido, percorreu estufas, conversou com os agricultores e ficou impressionado com o que chamou de solução para a seca no semi-árido.

Isso porque, explica o presidente da Associação dos Moradores do Vale do Forquilha, Deusimar Cândido, nas áreas de aluvião, em torno do leito de rios ou riachos que ficam secos durante grande parte do ano, é possível encontrar água boa para o consumo. Para isso, basta cavar os tubulares rasos em torno dos leitos. “Encontrar água com boa vazão e salinidade própria para o consumo que nem sempre ocorre quando são perfurados poços profundos”, revela, acrescentando que o sistema possibilita a geração de renda na comunidade, por intermédio da agricultura irrigada.

No início, o agricultor de 70 anos, Paulo Tavares, não acreditou muito que o Projeto fosse dar certo. “Nunca tinha ouvido falar nisso, daí não botei fé. Após um tempo, caí na conversa dos estrangeiros e hoje produzo goiaba com bata doce consorciada”, declarou.

Atualmente são produzidos 87 mil quilos de tomate por hectare no Vale. Para o secretário Amorim, esse número demonstra o grande potencial do semi-árido. “Tudo isso é adquirido num solo de pedregulho. O Pingo D’Água deve servir de exemplo para todas as outras regiões cearenses. Não existe lugar pobre, existe falta de disposição e conhecimento”, declarou.

 

Assessoria de Comunicação da SDA – Jully Gomes (85) 3101.7631