Ana Fonseca apresenta Plano Brasil Sem Miséria no Ceará

11 de agosto de 2011 - 00:00

O Governo Federal pretende tirar 1,5 milhões de pessoas da extrema pobreza no Ceará

O Brasil tem 16,5 milhões de pessoas vivendo na miséria. Só no Ceará, são mais 1,5 milhões de pessoas. Para discutir as ações que devem mudar esta situação, a secretaria Extraordinária para Superação da Extrema Pobreza, Ana Fonseca, apresentou o Plano Nacional Brasil Sem Miséria para cerca de 300 pessoas. Entre prefeitos, representantes de conselhos, de movimentos sociais e entidades privadas.

Nesta quarta-feira (10), em Fortaleza, Ana Fonseca explicou que o plano está submetido ao diálogo com a sociedade e deve mobilizar esforços do Governo Federal, dos estados e dos municípios entorno das ações conjuntas no campo e na cidade. No Ceará, metade das pessoas em situação de extrema pobreza vive no meio rural.

Segundo Ana Fonseca, para a melhoria da vida no campo, o governo vai priorizar o acesso à água para todos, com a construção de 186 mil cisternas de placas para o estado. Além disso, também vai ampliar os programas produtivos, como as mandallas, a assistência técnica, a distribuição de sementes e a compra direta dos produtos da agricultura familiar. “Para alcançar o objetivo do plano é importante que as políticas, ações e programas andem juntos”, disse.

O secretário do Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, enfatizou que vários programas do plano nacional já estão melhorando a vida do agricultor familiar. Hoje, o Programa Leite Fome Zero distribui 100 mil litros de leite por dia. O Programa de Aquisição de Alimentos passou de 1,5 milhões por ano, em compra de alimentos diretamente do agricultor, para 6,5 milhões a mais.

Segundo o secretário, estão sendo construídas 49 mil cisternas de placas, sendo necessárias 145 mil para a universalização do abastecimento d’água. “O grande objetivo é a inclusão produtiva e para isso o Ceará está sendo bem atendido pelos ministérios do Desenvolvimento Social, da Agricultura e da Integração”, afirmou.

Fortaleza é a quarta capital do País em número de pessoas em situação de miséria. Para reverter o quatro na cidade, Ana Fonseca informou que além da ampliação e aumento no valor do Bolsa Família, o plano tem programas voltados a geração de renda e ocupação entre 18 a 65 anos de idade. De acordo com Evandro Leitão, secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social, a secretaria está ampliando os serviços públicos, as unidades sócio educativas, as de qualificação de mão de obra e de atendimento ao trabalhador. “Também apoiando as entidades de atendimento em situação de vulnerabilidade”.

Plano Brasil Sem Miséria

Coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o plano mobiliza os governos e municípios em torno de ações no campo e na cidade. O foco são os 16 milhões de brasileiros, com renda dividida entre os seus membros, inferior a R$ 70 mensais. Deste total, 59% vivem no Nordeste, 21% no Sul e Sudeste, 20% no Norte e Centro-Oeste.

As ações serão baseadas em três eixos: renda, inclusão produtiva e serviços públicos. Unidades No campo, o objetivo será aumentar a produção agrícola. Na cidade, qualificar mão de obra e identificar oportunidades e empregos. Em paralelo, garantir o acesso à água, luz, saúde, educação e moradia. “A preocupação do Governo Federal também é encontrar as pessoas mais pobres e incluí-las nos programas sociais”, frisou a secretária extraordinária.

Assessoria de Comunicação da SDA- Munique Freitas