Mais de 2500 jovens e adultos comemoraram a entrega dos certificados do curso de capacitação social e fortalecimento da agricultura familiar, nesta sexta-feira (12). O projeto desenvolvido pela Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), em parceria com a Associação Alfabetização Solidária (Alfasol) e movimentos sociais, utiliza as experiências do meio rural para ensinar uma educação contextualizada.

A formadora, Angelica Kuhn, trabalha há um ano na Alfasol. Ela explica que foram capacitados 12 coordenadores territoriais que multiplicaram o conhecimento nos seus territórios. Foram 209 salas de aula nos territórios rurais e oito meses de curso, focado na educação contextualizada do campo. “A alfabetização e o letramento dos agricultores acontece a partir da sua própria realidade”, afirma Angelica.

Durante a solenidade de certificação dos estudantes, os representantes dos movimentos sociais reivindicaram ainda mais a educação direcionada para o campo, sendo primordial no desenvolvimento rural e inclusão social. Para Regina Esteves, superintendente da Alfasol, a instituição se transformou com a parceria dos movimentos sociais, aprendendo mais sobre o respeito a diversidade.

Para o secretário do Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, a metodologia do curso pressupõe que as pessoas têm a capacidade de aprender e conhecimento para compartilhar. “A forma como o ensino é aplicado realmente prepara o agricultor para o dia-a-dia”. Além disso, ressaltou que tem interesse em continuar o projeto.

O agricultor José Zildo, da Comunidade Poço do Barro em Choró, já era alfabetizado, mas queria voltar a estudar. Com um sorriso no rosto, disse que está muito satisfeito em ter mais conhecimento. Para ele, “o interior só cresce com atividades e quanto mais se aprende mais se melhora de vida”.

O Projeto de capacitação foi gerido pela Coordenadoria de Desenvolvimento da Agrário (CODEA) da SDA, encabeçado pelo coordenador Castro Junior e pela técnica Viviany Mota. Segundo Castro, o comitê gestor também forma convênio com universidades, além dos movimentos sociais. O projeto funciona com a parceria do Instituto Agropolos, Alfasol, MST, Cequirce, GMais, Maab e Fetraece.

Os territórios atendidos pelo projeto foram: Cariri, Serra da Ibiapaba, Litoral Leste, Litoral Extremo Oeste, Vales do Curu e Aracatiaçu, Maciço de Baturité, Vale do Jaguaribe, Sertão Central, Centro Sul, Vale do Salgado, Sertões dos Inhamuns/ Crateús e Sobral.

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