Febre aftosa no Ceará: meta é vacinar 100% do rebanho

2 de junho de 2012 - 18:36

 

Se o Ceará conseguir atingir a meta, o Estado pode ser reconhecido como zona livre de febre aftosa com vacinação até o final deste ano

Vacinar 100% do rebanho do Ceará é a meta da Campanha de Vacinação contra a febre aftosa de 2012, lançada nesta sexta-feira (01), pelo governador Cid Gomes e pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho. “Nós só vamos conseguir exportar nossos produtos originados da pecuária, como carne e leite, com qualidade quando erradicamos a febre aftosa no nosso Estado. Para isso, precisamos do apoio também das prefeituras para repercutirem em seus municípios a importância da vacinação”, disse o Governador. O lançamento aconteceu no Parque de Exposições João Passos Dias, em Sobral, Zona Norte do Estado.

Segundo o secretario do Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, é a primeira vez que o Ceará recebe um ministro da Agricultura. “A presença do Ministro nesse lançamento demonstra o quanto o Ceará cresceu em termos de agricultura e pecuária. Com essa campanha estamos caminhando para termos risco zero de contaminação de febre aftosa no Estado”, afirmou. Ainda segundo o Secretário, a partir de 18 de junho, cinco mil animais terão o sangue colhido para realização do exame da febre aftosa. O procedimento se estenderá por 30 dias e terá o objetivo de testar o sangue dos animais para a febre. Duzentas e quarenta e uma propriedades foram sorteadas, com 20 animais de cada fazenda, entre 6 e 12 meses, e caso a propriedade não tenha animais suficientes até 12 meses, poderão ser escolhidos animais até 24 meses. Durante 90 dias os animais não podem ser vendidos ou transferidos para outra propriedade e não poderão ser vacinados. O controle será feito através de um brinco padronizado pela Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri).

Barreiras

Ovinos, caprinos, suínos e bovinos do Rio Grande do Norte e da Paraíba estão proibidos de cruzar a fronteira com o Ceará, sem a autorização do Serviço Oficial, desde 15 de maio. A barreira vale também para produtos oriundos desses animais. Isso porque os dois estados não se adequaram as normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para pleitear o status de zona livre de febre aftosa com vacinação. Profissionais que atuam nas barreiras estão orientados a voltar para a origem, todos os produtos e animais desses estados.

Caso os produtos e animais sejam identificados dentro do Ceará, os animais serão sacrificados e os produtos incinerados. “A única maneira desses animais circularem no Estado, é se eles estiverem em quarentena observada pelo MAPA”, explica Augusto Júnior, Presidente da Adagri.

O Ceará é um estado que tem a atividade pecuária como tradição, mas que ainda precisa acompanhar as novas tecnologias para a atividade. “Para conseguirmos deixar mais rentável a pecuária no Estado, precisamos oferecer e investir em tecnologias, só assim poderemos melhorar cada vez mais nosso rebanho”, concluiu Cid. Para o senador Eunício Oliveira, “investir na agricultura e pecuária é uma forma de trazer desenvolvimento ao Estado, mantendo o homem no campo e trazendo igualdade ao Ceará”. O último caso registrado de febre aftosa no Ceará foi em 11 de abril de 1997, no município de Porteiras, no Cariri. Por isso, essa, que é a 11ª campanha lançada, tem grande importância no Estado. “No último ano já atingimos mais de 90% de vacinação do rebanho, esse ano podemos ampliar ainda mais a cobertura”, explicou o prefeito de Sobral, Veveu Arruda. A dose da vacina continua com preço médio de R$ 1,50. Os animais podem ser vacinados até 30 de junho e a multa para quem não vacinar o rebanho ainda é de R$ 13,43 por cabeça. As vacinas já estão disponíveis nas revendas desde a manhã desta sexta feira (01).

A febre aftosa é uma doença contagiosa, causada por vírus de rápida multiplicação. O animal infectado apresenta feridas na boca, nos lábios, tetas e nos cascos, eles também se afastam do rebanho, babam, não comem e não bebem água.

Campanha

A campanha de vacinação deste ano foi adiada de maio para junho em virtude do processo de sorologia do MAPA. É que o Estado atingiu a pontuação mínima exigida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e luta para alcançar o status de zona livre com vacinação.

 

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