Reforma agrária é prioridade da juventude brasileira

23 de dezembro de 2015 - 08:56

A 3ª Conferência Nacional de Juventude, realizada neste mês de dezembro, em Brasília, garantiu resultados importantes para a efetivação e a ampliação dos direitos dos jovens do campo, das águas e das florestas. Presente desde as etapas territoriais até a etapa nacional, a juventude rural conseguiu aprovar como uma das três propostas prioritárias para a juventude brasileira “ampliar e acelerar o processo de Reforma Agrária e regularização fundiária, bem como reconhecimento e demarcação de terras de povos e comunidades tradicionais, em especial das terras indígenas e quilombolas”.

Três eixos foram contemplados na definição das propostas prioritárias: Segurança, Território e Participação. Além das prioritárias, mais 99 sugestões foram aprovadas dentro dos 11 eixos do Estatuto da Juventude. Dessas, 25 são referentes a jovens agricultores familiares, camponeses e de povos e comunidades tradicionais, com destaque para a resolução para que as Escolas Famílias Agrícolas se tornem ofertantes do Pronatec Campo e que se garanta o financiamento público para a sua manutenção e ampliação. Garantir o fortalecimento da agroecologia e de combate ao uso de agrotóxicos, a partir de políticas sociais para jovens da agricultura familiar, também está dentro das proposições aceitas.

Na avaliação da assessora de Juventude do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Luiza Dulci, esse resultado fortalece a luta dos diferentes segmentos da juventude da agricultura familiar e da reforma agrária pela promoção da sucessão rural. “É preciso superar a visão equivocada de que o campo não combina com qualidade de vida. Um Brasil socialmente e ambientalmente justo, com um novo padrão de produção e consumo sustentáveis, só é possível com jovens agricultores e agricultoras familiares e camponeses vivendo, produzindo no campo e conservando nossas riquezas naturais”, ressalta.

As propostas priorizadas na conferência se tornarão as resoluções da 3ª Conferência Nacional de Juventude e terão por objetivo nortear as ações do governo para os próximos anos.

 

Participação

Nos quatro dias de conferência, entre os diversos espaços de debate da juventude rural, dois tiveram um papel de destaque na promoção de pautas do rural e na organização dos diferentes segmentos de suas juventudes. No último dia 18, a Arena de Debates “Juventude: Consumo e Produção Sustentável para mudar o campo, a cidade, as florestas e as águas” contou com a participação do teólogo Leonardo Boff, da militante do Movimento dos Atingidos por Barragens, Letícia Oliveira, e da pesquisadora Elisa Guaraná, coordenadora geral de gestão social da Secretaria de Desenvolvimento Territorial do MDA. O debate foi em torno do papel da juventude da agricultura familiar na construção de um modelo de sociedade sustentável do ponto de vista ambiental e social.

No mesmo dia, a plenária autogestionada da juventude rural contou com a participação da Assessoria de Juventude do MDA, Luiza Dulci, na discussão sobre as propostas prioritárias da juventude do campo, das florestas e das águas e preparação para a plenária final.

Tássia Navarro

Ascom/MDA


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