Panificadora é referência em Limoeiro do Norte
29 de dezembro de 2015 - 00:00
A Panificadora Delícia das Danças é referência de qualidade em pães, tortas, bolos, salgados e já fornece para empresas da região. A experiência de Agricultura Familiar já emprega diretamente sete pessoas e é um dos casos mais bem sucedidos do semiárido cearense
A comunidade indígena que há alguns anos habitava a região infelizmente não deixou muitos resquícios de sua passagem nem muitos registros de sua cultura, mas o nome da tribo indígena Danças foi adotado na localidade e certamente tenha ajudado a inspirar uma das iniciativas mais bem sucedidas da Agricultura Familiar no semiárido cearense, no município de Limoeiro do Norte, na região do Baixo Jaguaribe, a 198 quilômetros de Fortaleza.
Com cerca de cinco anos de trabalho e muita persistência, hoje é fácil encontrar um lugar em que os viajantes que passam pelo Baixo Jaguaribe, na BR-116 possam degustar um bom salgado, uma tapioca ou uma torta preparada na Panificadora Delícia das Danças. Com o apoio de técnicos do Instituto Agropolos e da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), a agricultora Gracilene da Silva Paula Rocha, 38, através da Associação Comunitária das Danças, conseguiu aprovar financiamento do projeto para instalação de uma panificadora, com recursos do Fedaf (Fundo Estadual de Desenvolvimento da Agricultura Familiar) através do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) no valor de R$60mil.
Com o curso de panificação de duas semanas e mais um período de estágio em que o genro Diego Viana passou numa padaria do município, Gracilene e o esposo Otacílio Viana, 50, conseguiram incrementar as vendas e o pequeno negócio já garante renda as duas filhas do casal (uma é responsável pelo preparo dos bolos) e mais duas pessoas encarregadas pela entrega e comercialização. “Isso tudo aqui foi resultado de muita luta e sacrifício. Sempre trabalhei como agricultora, eu e meu esposo atuamos com horta orgânica, mas infelizmente tivemos problema com a escassez de água e a manutenção, já vendemos para a prefeitura e atualmente estamos muito felizes com as vendas e a repercussão”, explica Gracilene que já tem seu público cativo nas comunidades de Congo, Cidade Alta, Espinho, além fornecer para clientes de projetos irrigados.
Solidária
Com as vendas e o projeto em ritmo de crescimento, Gracilene e Otacílio planejam para os próximos anos a ampliação do espaço para atender melhor seus clientes. Participando de um grupo de economia solidária, o casal se prepara através de cursos e oficinas para profissionalizar cada vez mais as estratégias da empresa.
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Desenvolvimento Agrário
Aécio Santiago – aecio.santiago@sda.ce.gov.br – 85 – 3101-8137
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