Agricultura familiar incrementa cooperativas
9 de novembro de 2016 - 00:00
A partir de um novo modelo de gerir a produção agrícola os produtores rurais têm obtido benefícios e políticas voltadas para fortalecer a agricultura familiar por meio do cooperativismo
Se antes as cooperativas eram símbolos do auto sustento e forma de garantir a produção apenas do produtor rural e seus familiares, hoje esse conceito mudou. Atualmente tanto as cooperativas como os cooperados diversificaram o seu leque de alcance e abastecem um mercado cada vez maior atendendo a instituições como hospitais, quartéis, presídios, restaurantes universitários, creches, escolas e outros.
No Brasil a agricultura familiar é composta por um contingente de 25 milhões de agricultores/as que, detém 4,3 milhões de unidades produtivas, representa 84% dos estabelecimentos rurais do país, corresponde a 21% das terras cultivadas, gera 78% dos empregos rurais, produz mais de 70% dos alimentos consumidos pelos/as brasileiros/as e movimenta mais de R$ 160 bilhões/ano de reais, conforme dados da FIPE/MDA, 2013. A participação do segmento agricultura familiar no PIB cearense, conforme estudo realizado pelo professor Carlos Azzonino da FIPE/USP, correspondia em 2007, a R$ 1,92 bilhões de reais.
No Ceará, do norte ao sul do estado, a política implantada pelo Governo do Estado através da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) que visa uma agricultura familiar e coletiva (cooperativas) fez com que diversos produtores ascendessem socialmente, pois por meio do cooperativismo foi possível alcançar um maior número de vendas. Os investimentos realizados pelo governo federal apontam que somente na safra 2015/2016, os agricultores da região Nordeste tiveram acesso a mais de R$ 3 bilhões em créditos voltados para a agricultura familiar.
Cooperativas como a Associação dos Associados da Fazenda Ângico, localizado na zona rural de Tauá-ce, a Associação de produtores de Quixeré e a Cooperativa Agroecológica da Agricultura Familiar do Caminho de Assis (COOPERFAM) no município de Maranguape são exemplos que mostram não só a força desse novo conceito, mas também nos diz outra realidade vivida pelos agricultores cearenses.
Assessoria de Comunicação da Secretaria do Desenvolvimento Agrário
Bruno Andrade – bruno.martins@sda.ce.gov.br
Aécio Santiago – aecio.santiago@sda.ce.gov.br