Comitê da seca discute previsões de chuvas
28 de novembro de 2016 - 00:00
A assembleia ordinária do Comitê da Seca reuniu-se nesta segunda-feira (28) para discutir as previsões de chuva para a próxima quadra invernosa. O objetivo é intensificar o monitoramento e tentar antecipar ao máximo a previsão.
Representantes de municípios, da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e entidades ligada à questão de abastecimento d´água, estiveram reunidos na sede do Corpo de Bombeiros, em Fortaleza, nesta segunda-feira (28), para discutir os problemas com a estiagem e a situação produtiva de alguns setores como a pecuária e irrigação de fruticultura.
De acordo com representante da Funceme (Fundação Cearense de Metereologia e Recursos Hídricos), não há como antecipar a previsão da quadra chuvosa em 2017, por conta dos vários fatores que dificultam ainda o diagnóstico do fenômeno El Nino e a chegada do La Nina (que favorece a formação de chuvas). “Ainda não podemos fazer uma observação científica mais apurada. Infelizmente temos que esperar janeiro para dizer com mais exatidão sobre as perspectivas de chuva”, explicou o técnico da Funceme.
De acordo com o técnico, existem boias do órgão a três mil ou quatro mil metros de profundidade no Oceano Atlântico, com o objetivo de obter dados mais precisos e rápidos sobre o fenômeno La Nina.
O secretário do Desenvolvimento Agrário Dedé Teixeira mostrou-se preocupado com a atual situação, porque atualmente o Estado tem apenas 7% de capacidade nos reservatórios e problema da paralisação das obras de Transposição é algo muito grave. “A situação é crítica e precisamos unir mais esforços para diminuir os efeitos dessa estiagem, que é a mais grave nos últimos 60 anos”, disse o secretário.
Produção
Segundo empresários do setor da Psicultura, investe-se em tecnologias de reuso de água, no qual se criam peixes em um tanque e a água é constantemente filtrada e recircula nos reservatórios. Já nas culturas de irrigação, se utiliza a técnica de fitas de gotejamento, controlada por meio de computador e cobertura de canteiros com plástico – este para reduzir a evaporação, o que se consegue, segundo o empresário Luiz Roberto Barcelos, em cerca de 30%. “O custo do gotejamento é de R$ 5 mil por hectare e do plástico é de R$ 300 por hectare”, diz.
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Desenvolvimento Agrário
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