Secretário participa da abertura do Seminário de Avaliação da Seca
30 de novembro de 2016 - 14:54
Evento acontece no BNB do Passaré, entre 30 de novembro e 2 de dezembro e terá a participação direta dos nove estados do Nordeste, além de Minas Gerais e Espírito Santo, além do Governo Federal e de Instituições Internacionais
O secretário do Desenvolvimento Agrário Dedé Teixeira participou na manhã de desta quarta-feira (30) da abertura do Seminário de Avaliação da Seca de 2010-2016 no Semiárido Nordestino, que acontece até sexta-feira (2) no Centro Administrativo do BNB, no Passaré. “Cada região e estado tem maneiras e ideias diferentes para conviver com a estiagem, e essa é a verdadeira importância do evento, reunir experiências para conseguirmos fugir dos efeitos negativos que a seca trás para nossa região Nordeste”, comentou Dedé.
O evento, que é uma realização do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), com organização social supervisionada pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e do Governo do Estado do Ceará, através da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), tem apoio do Banco Mundial, Banco do Nordeste, Agência Nacional das Águas (ANA), Ministério do Meio Ambiente e Ministério da Integração.
Segundo o secretário de Recursos Hídricos, Francisco José Teixeira, muito já foi feito no Ceará para combater a estiagem, mas sempre pode ser feito mais e melhor. “Estamos aqui para juntos buscarmos parcerias para políticas proativas e reativas, pois a seca que atinge o Nordeste durante os últimos 5 anos já deu muito prejuízo”.
Seminário de Avaliação
O objetivo do seminário é documentar a seca de 2010-2016 no Semiárido do Nordeste com relação aos aspectos climatológicos e institucionais, impactos ambientais, sociais e economicos, além de identificar lições da experiência para futuras estratégias de adaptação aos impactos das secas no contexto de mudanças climáticas e de crescente pressão antrópica.
O seminário será organizado em Palestras, debates, mesas redondas, todos divididos em blocos. De acordo com Antônio Rocha Magalhães, do CGEE, o Seminário de Avaliação servirá como um registro do mais prolongado período de seca, pois, nos sete anos entre 2010 a 2016, seis foram de estiagem no semiárido nordestino. A exceção foi o ano de 2011. “Isso é um fato histórico e tentaremos evitar o que aconteceu no passado, quando as ações eram somente de reação à seca. Acreditamos que a política de enfrentamento e convivência com a estiagem deve permanecer em anos com boas chuvas também”.
Para o diretor do Banco Mundial, Marin Raser, o seminário é essencial para preparar melhor o Nordeste para a seca e seus efeitos, pois vai ser destacado todos os avanços de cada região, totalizando um documento com várias ações que podem mudar o cenário de estiagem em todo o Nordeste.
Secas no Brasil – Política e Gestão Proativas
Durante a abertura do Seminário, o CGEE lançou, em parceria com o Banco Mundial, o livro “Secas no Brasil – Política e Gestão Proativas”, que traz uma documentação de dados, análises e imagens da atual estiagem no semiárido. Também será lançada uma versão em inglês, publicada nos Estados Unidos.
Faz parte também da programação do evento uma Exposição de Fotografias sobre a Seca no Nordeste, com imagens feitas pelos fotógrafos Dorte Verner (Banco Mundial), Juliana Lima de Oliveira (Funceme), Leandro Castro (Funceme), Bruno Zaranza (Funceme) e Giullian Nicola Lima dos Reis (Funceme). As fotos são registros de viagens de campo ao Sertão do Ceará nos anos de 2015 e 2016, e de missões recentes do Banco Mundial no semiárido brasileiro.
Financiamento BNB
Segundo o diretor do Banco do Nordeste, Henrique Moura, os três dias de seminário servirão para procurar soluções não somente para estancar os efeitos da seca mas sim para minimizar os efeitos nos próximos 30 anos. O diretor ainda disse que o BNB vai lançar ao final do seminário uma linha de financiamento para gestão e uso eficiente da água, com recursos para projetos hídricos de eficiência de uso, recuperação manancial e aplicação de tecnologias.
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Desenvolvimento Agrário
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