Pronaf: investimentos cresceram 3,5% em relação ao ano passado

30 de março de 2017 - 16:35

A linha de financiamento de máquinas e equipamentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) no Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) recebeu mais recursos do Governo Federal neste ano. O valor anual destinado para essa linha no início da safra, que era de R$ 870 milhões, foi elevado para R$ 936 milhões em janeiro. Neste mês de março, outra boa notícia, o valor anual passou para R$ 1.618 bi. Totalizando uma ampliação de R$ 748 milhões para atender a demanda dos agricultores familiares por investimentos e dinamismo do setor.

Nos primeiros seis meses da safra 2016-17, os financiamentos de investimento agrícola cresceram 3,5% em comparação com o ano anterior e os recursos do BNDES na linha Pronaf de máquinas e equipamentos se esgotaram no final de 2016. Em janeiro deste ano já havia mais de R$ 300 milhões de solicitações de financiamento em espera, que agora poderão ser atendidas.

No Ceará

O Ceará ocupa o quarto lugar no ranking dos estados brasileiros com o maior número de estabelecimentos familiares. É lá que estão 341.510 propriedades desse tipo, o que corresponde a 90% das unidades rurais do estado. Os dados são do Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os agricultores familiares cearenses são responsáveis pelo cultivo de 91% do feijão, 89% do milho grão, 88% do arroz em casca e 82% da mandioca e 81% da criação de suínos no estado.

Números do Pronaf

O Pronaf financiou mais de 543 mil operações de investimento no primeiro semestre da safra 2016-17, sendo mais de 32 mil operações de máquinas e equipamentos agrícolas, 147 mil em infraestrutura (silos, galpões, irrigação, eletrificação e unidades de processamento) e 3,9 mil para transporte da produção (caminhões, furgões e equipamentos), mais de R$ 5 bilhões aplicados em investimentos na produção rural.

De acordo com Carlos Viana, chefe do Departamento de Gestão do Crédito Rural (DEGCR) do BNDES, sem esses recursos, produtores rurais e agricultores familiares não associados aos sistemas cooperativos ficariam sem acesso às linhas de crédito de investimento. A alternativa encontrada pelo Governo Federal, juntamente com a Sead e o BNDES, é possibilitar, por meio dessa ampliação de recursos, o alívio para mais de 15 mil agricultores familiares, viabilizando o planejamento de seus investimentos ainda dentro deste ano agrícola.

“Foi uma alternativa acertada. Já operacionalizamos aproximadamente mais de R$ 200 milhões para contratação em poucos dias, desde que reabrimos o protocolo de acesso a fonte de recursos do banco. Isso mostra a retenção clara de demanda. Toda essa ação demonstra o interesse que o BNDES tem em continuar a promover o desenvolvimento agropecuário junto à agricultura familiar e o desejo de cada vez mais apoiar esse setor”, enfatiza Viana.

Fonte: Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário

Assessoria de Comunicação da Secretaria do Desenvolvimento Agrário

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