Funceme prevê chuvas acima da média em 2018

22 de janeiro de 2018 - 13:38

Embora otimista, o prognóstico preocupa quanto a reposição dos principais reservatórios do Estado. Regiões do Centro-Sul, Sertão Central e Inhamuns devem receber precipitação irregular

A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) divulgou, na manhã desta segunda-feira (22), o prognóstico para a quadra chuvosa de 2018. A probabilidade prevista pela Funceme é de 40% de chuvas acima da média histórica, 35% na média e 25% abaixo. “O cenário hoje está melhor que o do ano passado”, sustentou o presidente da Funceme, Eduardo Sávio Martins.

Embora otimista, o prognóstico divide o território estadual em duas partes. Enquanto as regiões Norte (764,1 mm) e Metropolita de Fortaleza (750,6 mm) devem receber chuvas intensas, a previsão é que as regiões do Sertão Central e Inhamuns recebam precipitações insuficientes para a recarga dos reservatórios. “Temos que continuar economizando”, confirmou a manutenção da taxa de contingência o secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira.

Em seu discurso, o governador Camilo Santana ressaltou que a recarga dos 155 açudes depende do resultado da quadra chuvosa e da finalização do Eixo Norte da transposição do Rio São Francisco e justificou o por quê do Estado não ter adotado a estratégia de racionamento. Segundo ele, embora houvesse a previsão de economia de 21 milhões de m³ por ano, os potenciais prejuízos para a infraestrutura da rede de abastecimento d´água e para saúde pública não compensariam o esforço.

Por outro lado, o Camilo citou que as ações de redução da oferta de água representaram uma economia de quase 300 milhões de m³ anuais para a Região Metropolitana de Fortaleza. “O ano pode ser chuvoso no Ceará, mas isso não representa um aporte significativo para o Estado. Os reservatórios estão com o equivalente de 6% hoje e, mesmo com um aporte de 10%, por exemplo, ainda encerraríamos o ano com 16% de volume equivalente, o que é muito pouco”, complementa o presidente da Funceme.

A avaliação climática sobre o semiárido é feito sobre probabilidades referentes a uma tendência média do volume acumulado de chuva para o trimestre. A variabilidade no prognóstico anda juntamente à distribuição de chuvas no setor norte do Nordeste do Brasil, devido a fatores como efeitos topográficos, proximidade em relação ao oceano e cobertura vegetal. Em função das variações, a Funceme recomenda o acompanhamento das previsões diárias de tempo, análises e tendências climáticas semanais divulgadas pelo órgão vinculado à SRH.

Assessoria de Comunicação da Secretaria do Desenvolvimento Agrário
André Gurjão –  andre.gurjao@sda.ce.gov.br
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