Secretário debate situação das Escolas Família Agrícola do Estado do Ceará

21 de junho de 2018 - 11:04 # # # # # # #

Ascom | André Gurjão- andre.gurjao@sda.ce.gov.br | Erivelton Celedônio - erivelton.celedonio@sda.ce.gov.br

todos reunidos posando para foto

A adequação das ações do Governo do Ceará para atender as Escolas Família Agrícola (EFAs) foi o tema da reunião do secretário do Desenvolvimento Agrário, Francisco de Assis Diniz, na manhã desta quinta-feira (21). No encontro, que contou com a participação da representante da Secretaria de Educação do Estado do Ceará (Seduc), Noemi Alencar, os representantes das EFAs de Limoeiro do Norte, Tabuleiro do Norte e Viçosa do Ceará relataram dificuldades em relação à logística e ao quadro de funcionários.

As EFAs são escolas comunitárias, sem finalidade econômica, formadas a partir de uma associação de famílias de agricultores, instituições ou pessoas afins que, organizadas, buscam oferecer uma educação acompanhada de uma matriz curricular contendo atividades relacionadas ao dia a dia do campo, como acompanhamento da safra, plantio sustentável, colheita, uso adequado de defensivos alternativos, dentre outros temas.

O regime de internato favorece esse atendimento integral. Nesse sentido, a relação com outras entidades, como órgãos públicos e privados, se dá pela parceria, garantindo assim a sua sustentabilidade e autonomia pedagógica e administrativa, ao mesmo tempo em que evita a interferência indevida de terceiros que possa comprometer os princípios fundamentais do projeto.O grupo, que contará também com a colaboração do Instituto do Desenvolvimento Agrário do Ceará (Idace), da Casa Civil do Governo do Ceará, da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará (UFC), acertou encaminhar na próxima semana uma lista com as demandas mais urgentes e trabalhar na construção de um projeto de lei atendendo as EFAs em todo Ceará.

secretario de assis conduzindo uma reuniao

“É um assunto complexo e não poderia ser tratado apenas com uma única entidade ou concentrada num único movimento social”, argumenta a representante da Seduc. Para Noemi, o tema da reunião é “ímpar e estratégico” e é “oportuno” o interesse do Governo do Ceará em prestar auxílio às entidades “respeitando a autonomia de gestão das EFAs”. “Estamos reunindo todos os atores envolvidos e, seguindo uma recomendação do governador Camilo Santana, iremos construir o arcabouço de um marco legal regulatório”, informou De Assis.

Também devem participar do futuro Comitê, responsável pela construção da proposta a ser encaminhada ao Executivo estadual, representantes da Federação dos Trabalhadores Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), além das possível contribuição dos quadros acadêmicos da Universidade Estadual do Estado do Ceará (UECE) e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).