Dia de Campo compartilha experiências de poda mecanizada da cajucultura

11 de dezembro de 2018 - 15:56 # # #

Ascom | André Gurjão - andre.gurjao@sda.ce.gov.br

O secretário adjunto do Desenvolvimento Agrário, José Leite Gonçalves, e o presidente da Ematerce, Antônio Amorim, participaram na manhã desta terça-feira (11) de um Dia de Campo. O evento no Centro de Ensino em Treinamento e Extensão Rural (Cetrex Caucaia) contou com a participação de técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e reuniu cerca de 40 técnicos e extensionistas agrícolas, agricultores e estudantes e abordou o tema a mecanização da cajucultura.

A aula de campo demonstrou técnicas de poda mecanizada, a partir do uso da motosserra, da motopoda e de um trator especializado, e a utilização de uma trinchadeira. “Um dos maiores problemas da cajucultura em nosso Estado é a falta de poda nos mais de 400 mil hectares de cultivo. A poda é para que a planta possa receber o Sol e, assim, aumente a sua produtividade e área de colheita a partir do cajueiro”, justificou o presidente Antônio Amorim.

O período ideal para o procedimento, segundo apresentaram os técnicos da Embrapa Marlos Bezerra e Raimundo Martins, é após o período de safra, na primeira quinzena de janeiro, e a técnica utilizada busca aproximar o formato do cajueiro a de um cálice. Além de buscar o aproveitamento máximo da área de coberta da planta para produção da fruta, o agricultor precisa estar atento para a aplicação um fungicida, evitando a proliferação de microorganismos que prejudiquem o desenvolvimento da planta e utilizar uma trinchadeira ou roçadeira sobre os galhos podados.

“O mais importante (do dia de campo) é a difusão tecnológica. Sabemos da carência de mão de obra e do esforço enorme da poda manual, com a foice ou o machado”, observou o secretário adjunto do Desenvolvimento Agrário, José Leite Gonçalves. “O ideal é que nos próximos eventos possamos trazer os alunos das universidades para compartilharmos esse conhecimento e estudarmos a possibilidade de aquisição desses equipamentos para disponibilizarmos para as associações comunitárias”.

“A Embrapa estará sempre à disposição de participar de momentos como esse que promovem o intercâmbio entre a pesquisa e a extensão rural. A fala do secretário (José Leite) sobre a possibilidade de adquirir equipamentos como esses aqui demonstrados já valeu o dia de campo. Era isso que a gente queria: despertar a curiosidade e o interesse de todos vocês e demonstrar que, hoje, temos tecnologias ao alcance da mão – para aumentar a produtividade e a renda do homem do campo”, conclui o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Raimundo Martins.