Artesã já confeccionou mais de 400 máscaras com equipamento do Paulo Freire
18 de agosto de 2020 - 12:19
Texto: André Gurjão / Rones Maciel | Vídeo: Arquivo pessoal
Mesmo diante da pandemia do novo coronavírus, as mudanças implementadas pelo Projeto Paulo Freire garantem renda e segurança alimentar para as famílias do campo. D. Francisca Gessina da Silva, de 46 anos, é um desses exemplos que geram otimismo em Altaneira, na região do Cariri Oeste. “Estou com muita saudade (das visitas dos técnicos) do Projeto Paulo Freire, no qual faço parte através de um grupo de cinco mulheres que desenvolvem um plano de investimento em artesanato”.
“Não sabia costurar com uma máquina dessa aqui, mas aprendi com a ajuda de um técnico (da ONG Cactus, que presta Assessoria Técnica Contínua). No momento, essa máquina tem sido de grande utilidade para mim, porque já confeccionei mais de 400 máscaras neste momento de pandemia. E quero dizer que o projeto chegou numa hora muito boa para nossa comunidade (Taboca e Taboquinha), onde a gente está parado, mas esperando voltar o mais rápido possível”, agradece a iniciativa que conta com o apoio da Prefeitura de Altaneira.
Além de participar do grupo de mulheres, D. Gessina é tesoureira da Associação dos Pequenos Produtores dos Sítios Taboquinha e Taboca. Somente para desenvolver o artesanato, a Secretaria do Desenvolvimento Agrário investiu R$ 26.100 na comunidade. Outras 23 famílias de lá foram ainda beneficiadas com projetos nas cadeias produtivas de avicultura caipira (16 famílias) e ovinocaprinocultura (7), totalizando um investimento de R$ 197.892,90 no combate à extrema pobreza rural.
O Projeto Paulo Freire é uma ação de combate à extrema pobreza rural por meio da inclusão produtiva e da assistência técnica. A linha de ação atua em 600 comunidades rurais de 31 municípios com os baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado. Os recursos são garantidos por meio de acordo de empréstimo envolvendo o Governo do Ceará e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).