Fruticultores apoiados pelo São José fortalecem produção agrícola em Santana do Acaraú

22 de setembro de 2020 - 17:36

Texto: André Gurjão | Imagem:

Quando o Projeto São José desembarcou na comunidade Lagoa do Serrote os 19 agricultores da associação comunitária não se enxergavam como um grupo e até mesmo escoar a produção era algo complicado. “Antes, era mais um quintalzinho pra consumo próprio. Hoje, produzimos cerca de 600kg de frutas, como banana, mamão e maracujá, por mês e vendemos para Santana do Acaraú e uma vez por mês nossa produção chega até Fortaleza”, narra José Valdeci Mateus.

  

O coordenador de irrigação do grupo lembra que outra mudança proporcionada pela ação da Secretaria do Desenvolvimento Agrário foi passar a fornecer os produtos para o Programa de Aquisição de Alimentos e, com isso, garantir mais renda para as famílias do campo. “Ainda sentimos a falta de termos um transporte para levar os nossos produtos até a sede, mas o programa vem até aqui e leva parte da nossa produção, que chega para as escolas e para famílias carentes em nossa cidade”.

A obra do Governo do Ceará representou um investimento de R$ 85.143,94 na aquisição de equipamentos para ampliar e fortalecer a produção agrícola e prestação de assistência técnica. Os equipamentos incluem kits de irrigação, caixas plásticas, motorroçadeira, carro de mão, pulverizador costal, equipamentos de apoio à produção, como: enxada, pá, chibanca e tela sombrite.

A associação comunitária também recebeu capacitações em agroecologia fornecida através do Instituto de Arte, Cultura, Lazer e Educação (Iarte) entre 2019 e 2020, com foco no cultivo do mamão papaya. “Através das orientações realizadas nas capacitações em agroecologia que as agricultoras e os agricultores aumentaram a capacidade de produzir, otimizando um maior aproveitamento das áreas produtivas que não estavam sendo utilizadas”, explica Gizélia Ribeiro.

“Além disso, por meio do Projeto São José, as famílias se sentiram motivadas a diversificar e ampliar culturas frutíferas, com a plantação de bananeiras e hortaliças, como coentro e cebolinha, gerando oportunidade de desenvolvimento social e econômico da comunidade”, complementa a presidente do Iarte. “Agradecemos por tudo que a nossa comunidade colhe hoje, sem dúvida o projeto foi um incentivo para podermos produzir cada vez mais e melhor”, conclui Valdeci.