IPCE registra aumento de 55,40% na cesta básica no acumulado anual
1 de dezembro de 2020 - 13:23
Texto: Ascom Ceasa
Pesquisa que calcula o balanço de 65 produtos do mercado atacadista do entreposto de Maracanaú, o Índice de Preços da Ceasa do Ceará (IPCE) registrou aumento de (+55,40%) no acumulado anual de novembro de 2019 a novembro de 2020 no setor Cesta Básica. Os demais setores também registraram aumento no período: Hortaliças e Frutos (+49,66%), Raiz, Bulbo e Rizoma (+38,64%), Folha, Flor e Haste (+14,33%) e Frutas (+9,80%). No geral, o aumento registrado foi de (+38,86%).
No entanto, alguns produtos tiveram redução nos seus preços entre o período de outubro a novembro de 2020. No setor de Frutas, queda nos preços da manga Tomy Atkins (-14,62%), o melão amarelo (-11,86%), a acerola vermelha (-8,18%) e o melão japonês (-4,87%). Alta nos preços do abacate fortuna (+ 29,61%), do maracujá azedo (+ 16,66%), da maçã nacional gala (+8,73%) e da tangerina murkot (+6,21%).
No setor Hortaliças e Frutos, todos os produtos registraram aumento no acumulado mensal, com destaque para a abóbora caboclo (+46,08%), abóbora de leite (+40,11%), abóbora jacaré (+31,66%), pimentão verde (+25,52%) e vagem macarrão (+25,14%). “O aumento acima da média no preço das abóboras deve-se principalmente à redução das colheitas do produto na região Nordeste, trazendo abóbora de locais mais distantes e elevando o preço do fruto por conta do frete, destaca Odálio Girão, analista de mercado da Ceasa-CE.
A cenoura Nantes lidera o aumento de preços no setor Raiz, Bulbo e Rizoma (+35,37%), seguida da batata inglesa (+29,10%), da cebola pêra (+25%) e da cebola roxa (+13,76%). Queda somente no preço da batata doce roxa (-0,48%).
A farinha amarela/branca foi o produto que registrou maior aumento no setor Cesta Básica (+14,84%), seguida da carne suína (+10,88%), do açúcar cristal (+8,92%) e da carne bovina (+7,91%), do milhão grão (+7,36%) e do óleo de soja (+5,52%). Queda somente nos preços dos ovos extra/grande/médio (-1,84%) e do café (-0,72%).
Odálio Girão destaca ainda que os produtos da cesta básica vêm se mantendo com preços elevados durante vários meses, a exemplo da carne suína, farinha amarela e branca, açúcar, que disparou em novembro, o arroz, além do milho em grão e óleo de soja que já estava em patamares elevados e se mantém com preços acelerados.
“O aumento na cesta básica se deve principalmente às exportações dos nossos produtos para os países do Oriente Médio e para a China (no caso da carne). Além disso, houve uma redução na produção da farinha no Nordeste, vindo farinha de lugares mais distantes. A produção do milho é do Centro Oeste, então a logística e frete influenciaram bastante no preço do produto. E a soja, que é uma matéria prima para o óleo de soja, é exportada em maior escala, refletindo no preço do produto no mercado nacional,” detalha Girão.