Morada Nova: Ematerce implanta primeiro sistema de irrigação automatizado

22 de fevereiro de 2021 - 13:48

Texto: Antônio José de Oliveira (Ematerce) | Imagens: Ematerce Morada Nova

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará está implantando o primeiro sistema de irrigação automatizado voltado para a agricultura familiar. Quem informa é o engenheiro agrônomo da Ematerce e responsável pelo Núcleo de Irradiação de Tecnologias (NIT). Segundo Nizomar Falcão, a automação aliada ao Projeto de Irrigação na Minha Propriedade (PIMP) em Morada Nova é um marco histórico para o Estado.

“Até então, a automação de sistemas de irrigação vinha sendo implantada com maior intensidade por médios produtores e empresários rurais. Com o surgimento de técnicas apropriadas aos pequenos produtores, somado refinamento tecnológico do perfil dos extensionistas em irrigação, tornou-se necessário acompanhar a crescente modernização da agricultura, que começa se modelar para atender um novo tipo de irrigante”, defende.

É o caso de Gabriel Chaves de Oliveira, morador do Sítio Bom Princípio e beneficiário do PIMP. A parceria firmada entre a Secretaria de Desenvolvimento Agrário e o Ministério do Desenvolvimento Regional garantiu a irrigação de um hectare e R$ 14 milhões a serem investidos em todo Estado. O sistema automatizado é apenas uma peculiaridade local entre os outros 1.362 produtores rurais atendidos pelo PIMP.

O técnico da Ematerce ressalta ainda que, mesmo com todas as restrições, existe uma urgente necessidade de buscar a otimização dos insumos produtivos, para garantir maior competividade nos mercados institucionais e convencionais. “Não somente pela redução dos custos com mão-de-obra, mas também por necessidades operacionais: o custo da energia é mais acessível aos irrigantes no período noturno”, cita.

“A automação torna-se ainda um atrativo para jovens rurais, que não querem mais permanecer nas atividades rurais, em decorrência da penosa carga de trabalho no dia-a-dia. Além disso, o sistema permite redução dos custos de bombeamento das águas, melhor precisão no tempo de aplicação da água e maior eficiência na aplicação da água”, justica o engenheiro agrônomo Nizomar Falcão.