Assistência técnica e adubo garantem expansão de produtividade em Itapipoca

17 de maio de 2021 - 11:53

Texto: Bruno Gonçalves | Imagens: Ematerce Itapipoca

 

A parceria de mais de 20 anos entre o assentamento Timbaúba, em Itapipoca, e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) vem gerando bons frutos para os agricultores familiares. Com o apoio dos extensionistas e colaboradores, o conhecimento chega ao homem e a mulher do campo, ajudando na gestão de sete hectares com um maior grau de eficiência.

“Nós oferecemos o acompanhamento da Ematerce desde 1997. Com o cajueiro e a mandiocultura foi desde 2002, já plantado consociado: o cajueiro anão precoce com a mandiocultura”, relata Pedro Silva, gerente regional da Região Meio Norte. Os cajueiros enxertados são do tipo 76, enxertados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e a mandioca é do tipo pretinha.

As atividades agrícolas do assentamento beneficiam quatro famílias e possuem, onde um hectare de mandioca produz, no mínimo, de 28 a 32 toneladas e um hectare de caju anão precoce produz 24 toneladas do pseudofruto e entre 800 e 1.200 kg de castanha. A qualidade é outro diferencial: nos mercados locais a mandioca é vendida a R$ 0,50, enquanto a raiz produzida pelo assentamento é comercializada a R$ 0,80.

Uma das fórmulas para a qualidade do plantio e para a aparência do produto é o adubo utilizado. As famílias do assentamento utilizam a cama de frango (adubo de galinha), com uma qualidade nutritiva superior ao adubo convencional (adubo bovino). A diferença pode chegar a mais de 30 cm de altura na mandioca plantada com cama de frango, quando comparamos a mandioca plantada com adubo bovino”, explica o técnico.

A consequência é que os agricultores familiares financiaram e quitaram o empréstimo em cinco anos de atividade. Outra conquista é que a Secretaria garantiu o título de propriedade rural ao homem e mulher do campo, o que permite uma maior liberdade para investir na plantação e adquirir benefícios e incentivos governamentais. Para finalizar, o Projeto São José beneficiou as famílias com um investimento de R$ 218 mil.

Os recursos foram utilizados para a aquisição de uma roçadeira, um trator, uma grade niveladora e uma capinadeira. A compra de máquinas aumentou a produtividade do assentamento e representou uma maior qualidade de vida do homem do campo, com a ajuda do maquinário adquirido e um menor esforço braçal. “O agricultor não precisa de muito. Com um pouco de conhecimento técnico, ele consegue produzir muito e melhorar a própria vida”, finaliza Pedro Silva.