Preço do maracujá tem queda de 28,6% na Ceasa Cariri

12 de janeiro de 2022 - 10:42

Texto: Helena Demes | Foto: Thiara Montefusco

O preço do maracujá apresentou queda de (-28,6%) no comparativo semanal entre 13 de dezembro de 2021 e 10 de janeiro de 2022, saindo de R$ 4,20 para R$ 3,00/kg no atacado. Também teve queda no preço o abacate grande (-20,0%), saindo de R$ 7,00 para R$ 5,60/kg, a acerola (-14,3%), de R$ 2,80 para R$ 2,40/kg e a tangerina ponkan (-12,5%), de R$ 3,20 para R$ 2,80/kg.

Porém, no mesmo período algumas frutas apresentaram grandes elevações nos seus preços, como é o caso da manga Tommy, por exemplo, que aumentou (+60%), saltando de R$ 2,00 para R$ 3,20/kg, da tangerina murkot pequena (+42,9%), de R$ 2,80 para R$ 4,00/kg, tangerina murkot grande (+30%), de R$ 4,00 para R$ 5,20/kg e a pera importada (+16%), saindo de R$ 10,00 para R$ 11,60/kg.

No setor das hortaliças, as maiores quedas de preços registradas no período foram para a abóbora de leite (-15,0%), saindo de R$ 2,00 para R$ 1,70/kg, o feijão verde (-10%), de R$ 8,00 para R$ 7,20/kg, o pimentão de primeira (-6,3%), saindo de R$ 3,20 para R$ 3,00/kg e a cebola roxa (-5,4%), de R$ 3,70 para R$ 3,50/kg.

Já as maiores altas registradas foram no preço do tomate – modalidades cajá, hm primeira, chanti – (+100,00%), saindo de R$ 3,60 para R$ 7,20/kg, tomate cereja (+87,5%), saindo de R$ 8,00 para R$ 15,00/kg, cenoura especial (+76,9%), de R$ 2,60 para R$ 4,60/kg e a cenoura extra (+66,77%), saindo de R$ 3,00 para R$ 5,00/kg.

Segundo Odálio Girão, analista de mercado da Ceasa-CE, o maracujá tem queda de preço no Cariri principalmente pelas boas colheitas da produção local. “Dentre os municípios que se destacam com oferta boa no mercado de Barbalha, podemos citar Jardim, Porteiras e Juazeiro do Norte. A região de Brejo Santo também produz muito maracujá, bem como Penaforte, Mauriti e Várzea Alegre. Podemos citar também o ingresso do fruto vindo de outros estados como Bahia e Pernambuco, fazendo com que o preço do maracujá declinasse nesse período,” explica Girão.

Ainda segundo Girão, com o tomate acontece o inverso. Ele explica que o produto aumentou de preço devido às fortes chuvas na região produtora de tomate, principalmente nos estados da Bahia, em Irecê, e Minas Gerais, em São Gotardo e também boa parte do Ceará, cuja produção abastece o mercado local. “Não deu para o tomate se segurar com preço acessível para o consumidor e ele se tornou o produto que mais tem subido de preço nos últimos meses, também por conta da redução da oferta dos municípios cearenses de Guaraciaba do Norte, Ipu, Aratuba e Itapiúna e até o tomate vindo do sertão, no caso de Quixeramobim,” destaca ele.