Cisternas garantem água de qualidade na comunidade Maloca, em Quixeramobim

15 de maio de 2024 - 13:46

Texto e fotos: João Caetano (IAC)

O acesso à água potável é um direito humano fundamental. Aproximadamente um bilhão de pessoas ainda não têm acesso à água potável e outras 2,2 bilhões sofrem com doenças veiculadas pela água anualmente, indica a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Ceará, este cenário tem mudado com a retomada do Programa Cisternas, através da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), por meio da implementação de cisternas em comunidades tradicionais. O Instituto Antônio Conselheiro (IAC), através da SDA e do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, está construindo 250 cisternas de primeira água em comunidades rurais de Quixeramobim e Quixadá, no Sertão Central cearense.

A comunidade Maloca, no município de Quixeramobim, celebra a chegada das cisternas de primeira água. A agricultora Karina Lúcia Pereira Matos potencializa os benefícios da água tratada para os três filhos. As águas da chuva coletadas pelo telhado e armazenadas nas cisternas fornecem água potável com qualidade físico-química e microbiológica. Através da cisterna e da disponibilidade de água limpa de forma regular, Karina tem condições de preparar alimentos com água segura.

Por meio de práticas de manejo dos recursos hídricos, realizando a filtração e cloração em reservatório pequeno, como filtro, reduz-se o risco de contaminação a partir da água. A ação contribui para indicadores positivos, principalmente com a redução da mortalidade infantil decorrente de doenças causadas pela água contaminada. A conquista das cisternas representa mais do que a infraestrutura; é um testemunho vivo da mobilização e da organização social de comunidades tradicionais e movimentos sociais, que historicamente lutaram por um Semiárido de oportunidade e dignidade. À medida que as cisternas se multiplicam pelo Semiárido Cearense, elas não apenas fornecem água, mas também trazem consigo conhecimento e esperança de uma vida melhor para todos e todas através da convivência com o semiárido.