Produtores de Algodão da Região Norte recebem acompanhamento do Projeto Ouro Branco
20 de maio de 2025 - 12:01
A Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Ceará (SDA) segue acompanhando de perto o desenvolvimento do Projeto Algodão Agroecológico – Ouro Branco, nos municípios de Coreaú e Moraújo, na região Norte do estado. A iniciativa tem como foco promover a produção sustentável de algodão consorciado com outras culturas, respeitando os princípios da agroecologia e fortalecendo a agricultura familiar.
Nesta fase, segundo o técnico da Coordenadoria de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Codaf) da SDA, Wanderley Magalhães, as equipes técnicas realizam a avaliação do estande de plantas, identificando aqueles produtores que realizaram corretamente os tratos culturais, como o controle de plantas invasoras, a capina adequada e o manejo do espaçamento entre fileiras.
“Esse acompanhamento é fundamental para garantir o bom desempenho das lavouras e direcionar o fornecimento dos produtos biológicos, como os defensivos naturais utilizados no cultivo do algodão agroecológico. Os insumos só serão disponibilizados para os agricultores que demonstraram comprometimento com as práticas recomendadas pelo projeto”, explica Magalhães.
De acordo com o técnico, depois da distribuição das sementes, o papel da secretaria é acompanhar quem de fato plantou e cuidou da lavoura de forma adequada. “Só assim conseguimos garantir que os produtos biológicos terão o efeito esperado”, acrescenta o técnico, que acompanha o projeto na região junto com representantes da Ematerce e secretarias de agricultura dos municípios.
O trabalho segue agora em outros municípios do território, como Granja, onde o projeto também está sendo implementado. A expectativa é ampliar os bons resultados do algodão agroecológico em todo o Ceará.
Sobre o Projeto Ouro Branco
Nesta safra, o projeto distribuiu 15 toneladas (15 mil quilos) de sementes de algodão, totalizando uma área cultivada de 1.500 hectares. O investimento total ultrapassa R$ 1 milhão, sendo cerca de R$ 400 mil destinados à aquisição das sementes e mais de R$ 600 mil voltados à compra de insumos biológicos.
O Projeto Ouro Branco teve início com a participação de 28 municípios na safra anterior e, atualmente, já está presente em 52 municípios cearenses, demonstrando o avanço da proposta agroecológica e o fortalecimento da agricultura familiar em diferentes regiões do estado.
O trabalho segue agora em outros municípios do território, como Granja, onde o projeto também está em fase de implementação. A expectativa da SDA é ampliar os bons resultados do algodão agroecológico e consolidar o Ceará como referência nacional na produção sustentável do chamado “ouro branco”.
O Projeto Ouro Branco nasceu da proposta de retomar a cotonicultura no Ceará de forma sustentável, garantindo segurança em todas as fases da produção do algodão. A iniciativa integra uma ampla rede de cooperação, formada por órgãos do governo estadual, prefeituras municipais, instituições de pesquisa, entidades de assistência técnica e representantes da indústria têxtil.
O projeto possui um arranjo institucional robusto, com participação ativa da Associação dos Produtores do Algodão Agroecológico do Estado do Ceará (Apaece), das secretarias municipais de Agricultura, da Ematerce, da Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri) e da Universidade Federal do Cariri (UFCA). Cada instituição envolvida cumpre um papel essencial na viabilização e fortalecimento da cadeia produtiva do algodão no estado.
No ano anterior, o Governo do Ceará coordenou articulações com esses parceiros, incluindo também representantes da indústria responsável pela comercialização da produção, assegurando um acordo de cooperação técnica que garante o cumprimento das práticas agroecológicas e o suporte aos agricultores familiares.
O apoio das gestões municipais tem sido decisivo para o sucesso do projeto, refletido na ampliação da área cultivada e nos bons resultados da colheita em diversas regiões. O Projeto Ouro Branco se consolida, assim, como um modelo de produção integrada, sustentável e com foco no desenvolvimento regional.