Cabras leiteiras e reprodutores são entregues em Tauá e Quixadá

“Veio para melhorar a vida de muitas famílias, porque dá incentivo ao homem de se fixar no campo. Estou muito feliz”, disse Francisca Linda. Ela é uma das beneficiárias de Tauá que recebeu 20 cabras leiteiras mestiças e um bode reprodutor puro origem. A entrega aconteceu nesta terça-feira (05) nos municípios de Tauá e Quixadá e faz parte do projeto de inclusão social e produtiva pela caprinocultura leiteira.

No evento, os secretários do Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, e do Trabalho e Desenvolvimento Social, Evandro Leitão, entregaram simbolicamente 70 reprodutores, 1400 cabras leiteiras e dois tanques de resfriamento de leite para 70 produtores, de cada o município. Francisca Linda é um deles, criadora de gado há nove anos, já vende todo dia 3 litros de leite.

Graças ao projeto, ela foi até o Rio Grande do Norte conhecer a Estância Caprichosa onde ocorre o aproveitamento e beneficiamento do leite caprino. “Lá era bem avançado, vimos o manejo, a limpeza e todo o jeito de cuidar”. Agora com as cabras leiteiras que recebeu do projeto, ela espera vender o leite para o Programa Leite Fome Zero e melhorar de vida.

Francisco Ilderlan, de Quixadá, tem a mesma esperança. Há dois anos conquistou a própria terra com o auxílio do Projeto de Crédito Fundiário e agora vai receber mais cinco cabras leiteiras. Na primeira etapa de entrega do projeto, Francisco ganhou seis cabras e um reprodutor, do cruzamento dos animais já nasceram dois cabritinhos. “Temos orientação e acompanhamento, o programa é muito bom”, afirma.

Para o secretário Nelson Martins, o projeto permite que as famílias garantam renda e a subsistência alimentar e nutricional. “A intenção é que o excedente da produção seja comprado pelo Programa Leite Fome Zero, garantindo o emprego a toda família”, disse durante a solenidade de entrega.

O secretário Evandro Leitão explicou que todas as cabras entregues estarão dentro do padrão de qualidade exigido no edital. E que o “interesse é fazer que os municípios cresçam e melhorem seus índices sociais”.

O projeto

O projeto de inclusão social é financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e Governo do Estado do Ceará através da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) e executado pela Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), com o apoio do Instituto Agropolos e das Secretarias de Agricultura Municipais.

O público beneficiado é do Cadúnico, Cadastro Único do Estado, pessoas abaixo da linha de pobreza. Segundo Sergio Romiro, coordenador do projeto na SDA junto a STDS, foi analisado se cada família tinha condições mínimas e interesse de criar as cabras. O próximo passo foi realizar um seminário de conscientização, depois cursos de capacitação e uma missão com técnicos. “Eles levaram as famílias para conhecer a caprinocultura em outros Estados”, explicou Sérgio.

O leite fabricado será enviado ao tanque de resfriamento, depois ao laticínio e comprado pelo Programa Leite Fome Zero. Segundo Márcio Peixoto, coordenador da pecuária na SDA, futuramente será instalado uma mini usina de leite que permitirá as famílias pasteurizar o produto e produzirem bebidas lácteas, entre outros produtos.

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