SDA participa da primeira reunião do Comitê Intersetorial do Ceará Sem Fome

31 de julho de 2023 - 20:43

Com informações da Casa Civil Fotos: José Wagner e Thiago Gaspar (Casa Civil) e Marcel Bezerra (SDA)

O secretário do Desenvolvimento Agrário do Ceará, Moisés Braz, participou nesta segunda (31), no Palácio da Abolição de reunião com secretarias estaduais e instituições parceiras que integram o Comitê Intersetorial de Governança do Programa Ceará Sem Fome. Os integrantes do comitê dialogaram sobre competências, metas e prioridades no âmbito do programa. A reunião, realizada no Palácio da Abolição, foi conduzida pela primeira-dama do Estado, idealizadora do Ceará sem Fome e presidente do Comitê, Lia de Freitas.

O secretário Moisés Braz voltou o olhar para os cearenses que estão no campo. “A gente reconhece que ainda há uma pobreza muito grande no meio rural. O objetivo da SDA é trabalhar na perspectiva de que o agricultor, que produz alimentos, venda para o Ceará Sem Fome. E quem vai receber o alimento, hoje, poderá futuramente sair dessa condição”, pontuou.

“Foi muito positivo o encontro. Saímos mais animados e com a certeza de que o Ceará sem Fome é fruto de muitas mãos e muitos esforços. A gente acredita que o quanto antes vamos tirar o nosso povo do mapa da fome”, afirmou Lia de Freitas.

O Comitê é composto por 15 secretarias de Estado, o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), Defesa Civil, Cruz Vermelha, Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Ceará e um representante da sociedade civil. O papel do Comitê é tratar de ações estruturantes, fazendo articulação para a elaboração, monitoramento e avaliação de políticas públicas de combate à fome.

A vice-governadora e secretária das Mulheres, Jade Romero, falou da cooperação para assegurar segurança alimentar e dignidade humana. “Por onde a gente tem andado, levamos a bandeira do Ceará sem Fome. Essa política é a mãe de todas as outras políticas. Nossa prioridade zero é ver a segurança alimentar nos diversos níveis. A Organização das Nações Unidas, inclusive, tem apontado uma feminização da fome, principalmente no pós-pandemia. Quando falamos do impacto da fome, promover a equidade de gênero é uma forma de combater a desigualdade”, defendeu.

A titular da SPS, Onélia Santana, destacou o alinhamento do Ceará Sem Fome às outras políticas já desenvolvidas pela pasta. “A fome é consequência da desigualdade social, econômica e cultural. Por isso, também temos que levar emprego e renda. Essas pessoas têm que ser protagonistas de suas vidas. O Ceará já atende 200 mil famílias com o Vale Gás Social e 150 mil famílias com o Cartão Mais Infância”, reforçou.

No âmbito do Trabalho, o Estado reafirma o compromisso com a lei, sancionada pelo governador Elmano de Freitas, em 24 de julho de 2023, que estabelece a ampliação das vagas no mercado de trabalho para beneficiários do Bolsa Família e Cadastro Único. “Nós vamos fortalecer essa incidência dentro de todas as unidades do IDT. Atualmente, temos na plataforma do Sine 78 mil pessoas que se autodeclaram cadastradas no CadÚnico. Até o momento, 937 pessoas já foram inseridas no mercado de trabalho, a partir do nosso cadastro. Temos no Ceará Credi 56 mil pessoas. Desse total, 80% são pessoas cadastradas no CadÚnico. Não à toa, o Ceará Credi estimula o empreendedorismo “, disse Eva Amorim, coordenadora de Economia Popular e Solidária e Arranjos Produtivos Locais da Secretaria de Trabalho.

Participaram como convidados da primeira reunião, a Secretária da Diversidade, a Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) e a Defensoria Pública do Estado. Inicalmente, as reuniões serão realizadas bimestralmente, conforme votado pelos membros do Comitê.

Ceará Sem Fome

Lançado em 16 de junho deste ano, e com investimento de R$ 184 milhões, o Pacto por um Ceará sem Fome tem como objetivo o envolvimento de todos os segmentos sociais em prol da erradicação da fome no estado. Ao todo, são beneficiadas 200 mil pessoas e cerca de 43 mil famílias com o cartão, no valor de R$ 300 mensais, para aquisição de alimentos. Até o momento, a iniciativa incrementou mais de R$ 22 milhões na economia cearense.

Além do cartão, o programa contempla ainda doação de alimentos e a Rede de Unidades Sociais Produtoras de Refeição, que contará com aproximadamente 1.298 cozinhas produzindo cerca de 100 mil refeições por cinco dias da semana.