São José IV deve agregar inteligência climática para investimentos a partir do zoneamento agropecuário

23 de outubro de 2018 - 16:54 # # # #

Ascom | Erivelton Celedônio - erivelton.celedonio@sda.ce.gov.br | André Gurjão- andre.gurjao@sda.ce.gov.br

“(A partir de agora) Iremos plantar tendo em vista as condições climáticas para o futuro. Não é plantar todo ano da mesma forma, independente da questão do clima”, prevê o presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Eduardo Martins. A proposta foi apresentada durante a abertura do segundo dia do Workshop de Preparação do Projeto São José IV na manhã desta terça-feira (23).

O novo diferencial, complementa a economista agrícola do Banco Mundial, Bárbara Farinelli, também levaria em conta estudos de solos e de zoneamento agropecuário, atualmente em fase conclusão pelo Projeto São José III. Para a economista agrícola, o momento é de trazer para o São José “mais inteligência por detrás do investimento”. “Em nossas avaliações percebemos que fazíamos planos sem verificar viabilidade de água, por exemplo. Agora queremos trazer essa inteligência para as nossas decisões”, pontua.

 

Hoje, a Funceme dispõe de um levantamento de reconhecimento de média intensidade do solos do estado e, até o fim deste ano, um estudo detalhado deve chegar a 90% de sua conclusão. Com a chegada da quarta etapa do projeto e a conclusão do estudo, avalia Eduardo Martins, “teríamos gerenciamento do setor agrícola e todas as fases de monitoramento, sistema de alerta precoce, análise de vulnerabilidade, medidas e respostas”.

O representante da Funceme explica ainda que o estudo permitirá ao Projeto São José a análise do tipo de cultura com menor risco de perdas em diversos tipos de clima a partir da informação do solo para investimentos. “Com o zoneamento teremos subsídio, por exemplo, para que nossa distribuição de sementes seja mais dinâmica”, destaca.

Para o coordenador da UGP/São José, Lafayete Almeida, a SDA já dispõe de vários investimentos em todo o Ceará de convivência com o semiárido. “Vale a pena sempre ressaltar os esforços por todo o estado na instalação das cisternas de primeira água, cisternas de enxurrada, políticas que poderão fortalecer juntamente com as ações do Programa Nacional de Alimentação e Nutrição (Pronan) ações produtivas nessas regiões”.

Participaram do workshop, o especialistas em projetos do Banco Mundial, Guzzman Garcia; o co-gerente de projetos do Banco Mundial, Maurício Guadagni; e a especialista em Saneamento do banco, Juliana Garrido. Além destes, os consultores do Banco Mundial, Wilson Rocha e Ditmar Afonso; e o economista da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Jean Risopolos.

Além deles estiveram presentes pelo São José o supervisor de Cadeias Produtivas, Raimundo Félix; o gerente de aquisições, Ilo Cavalcante; o supervisor de sistema de abastecimento d´água, Jânio Menezes; dentre outros técnicos do projeto. O presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), Antônio Rodrigues de Amorim, também participa do encontro.