Chegada de matrizes caprinas a Campos Sales possibilita sonho de renda para comunidades rurais

22 de novembro de 2018 - 11:00

Ascom | André Gurjão - andre.gurjao@sda.ce.gov.br

“Com a cabra e o leite na mão”, comemora emocionada a presidente da associação dos moradores da Lagoa do Carmo, Dona Mikaela. Nesta quinta-feira (22), além dela, outras 29 pessoas do município de Campos Sales, no Cariri, receberam 450 matrizes caprinas e 30 reprodutores por meio do Programa de Fortalecimento da Caprinocultura.

O investimento do Governo do Ceará no município, através da Secretaria do Desenvolvimento Agrário, é de R$ 498.306,53 e atende aos agricultores familiares das comunidades Lagoa do Carmo, Mundo Novo, Serra Verde Emparedado e Sítio Dois Irmãos.

Mikaela lembra do início da luta, em 2007, para conquistar as matrizes, quando ao lado de outras sete (7) companheiras da associação sonhavam com os animais. A partir de agora, garante, o sonho tem novas perspectivas: “resta nosso compromisso de cada beneficiário para fazermos que o leite seja transformado no iogurte ou no queijo e daí vir a principal fonte de renda”

Para o secretário De Assis, as lágrimas da agricultora trazem sentimento de responsabilidade e dever cumprido com o povo de Campos Sales. “O Estado só consegue de fato cumprir sua função se ele for capaz de levar desenvolvimento, fortalecer as comunidades e permitir que as pessoas vivam gerando renda e criando possibilidade de transformação de suas vidas”, destaca.

Por agricultor familiar atendido pela Coordenadoria de Apoio às Cadeias Produtivas da Pecuária (Coape), o investimento chega a R$ 8.592.50, com 15 matrizes caprinas e um reprodutor, além da assistência técnica e capacitações. “Isso tudo é garantia para nós de desenvolvimento. Agora vamos capacitar os produtores para melhorar a produção do leite”, destaca a secretária de desenvolvimento rural, Ivete Fortaleza.

Com a chegada das matrizes, a vida do Oséias José da Silva, de 44 anos, também morador da Lagoa do Carmo, ganhará novas possibilidades para além de plantar milho, fava, feijão e mandioca. “Aqui tem ano que só chove quatro vezes; o resto é de seca. Nossa produção é apenas de caprinos e ovinos. E, antes, tínhamos que procurar outro meio de sobreviver. Agora vamos cuidar destes animais para ser mais uma fonte de renda. Já temos mercado certo que significa dinheiro no bolso. E com isso a gente está feliz”.