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Paulo Freire entrega os primeiros projetos produtivos em ovinocultura e caprinocultura

3 de abril de 2019 - 16:56

As primeiras matrizes ovinas e caprinas do Projeto Paulo Freire finalmente chegaram aos municípios de Tauá e Arneiroz. A entrega, sob o comando do secretário do Desenvolvimento Agrário, De Assis Diniz, aconteceu no último sábado (30) e reuniu as 47 famílias atendidas nas comunidades Milagres, em Tauá, e Boqueirão, em Arneiroz. Ao todo, o projeto investiu R$ 458.740,50 nas atividades da ovinocultura e caprinocultura e adquiridas de 110 matrizes ovinas e 12 matrizes caprinas. “A agenda do Projeto Paulo Freire neste ano é a realização de entregas de projetos produtivos onde atuamos, para trazer muita alegria aos agricultores e agricultoras familiares que atendemos em 31 municípios”, comemorou a coordenadora do projeto, Íris Tavares.

Ao todo, 19 produtores rurais de Tauá receberam 32 matrizes ovinas e 6 matrizes caprinas e 28 produtores de Arneiroz receberam 78 matrizes ovinas e 6 matrizes caprinas. Além dos projetos produtivos em ovinocaprinocultura, o Paulo Freire implementa, em ambos municípios, projetos produtivos em avicultura e quintais produtivos, totalizando um investimento de R$ 930.720,70 e 47 famílias atendidas. “Aqui na região, realizamos um investimento significantemente maior em relação aos caprinos e ovinos por entendermos a vocação agrícola dos Inhamuns”, justificou ao iniciar a defesa de “um novo olhar” sobre a iniciativa.

De acordo com ele, para além da geração de renda e agregação de valor, a entrega dos projetos produtivos na região dos Inhamuns também marca um novo olhar sobre o Projeto Paulo Freire, “voltado à comercialização e à compreensão da produção agrícola como atividade econômica”. Uma das ações da SDA na região, por exemplo, é a criação da Associação de Criadores de Ovinos, Caprinos, Suínos e Avicultura de Arneiroz. No mesmo dia em que foram entregues os projetos em ovinocaprinocultura, De Assis coordenou a reunião de criação da associação de criadores na Câmara Municipal.

“Embora seja um recurso a fundo perdido (para os produtores), o Paulo Freire tem um custo pago em dólar e precisamos ter o entendimento para orientar esse agricultor a dar o passo subsequente, que é a comercialização dos produtos e subprodutos da agricultura familiar”, cobrou o retorno do empréstimo tomado junto ao Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA). “(Por exemplo) A região dos Inhamuns vende, em média, entre 800 e 1.200 mil cabeças de caprinos por semana. Agora, no momento em que vendemos apenas a cabeça, não estou agregando o valor”, cobrou a venda do leite e do corte especial das carnes.