Peixe no almoço de Páscoa é mais saúde para as famílias cearenses

10 de abril de 2020 - 08:53

Texto: André Gurjão Imagens: André Gurjão e Erivelton Celedônio

Um prato muito especial se destaca no almoço de milhões de cearenses que celebram hoje a Páscoa. O peixe compartilhado em muitas casas, ou em tempos de coronavírus, através das redes sociais e vídeoconferências, contou com uma mãozinha do Governo do Ceará e é uma fonte saudável de proteínas de fácil digestão, contando ainda com um baixo valor calórico e uma boa presença de vitaminas A e D.

A tilápia, a carpa e o tambaqui presentes na ceia foram garantidas pelo Projeto de Peixamento dos Reservatórios Públicos. Entre setembro e março deste ano, 5,5 milhões de alevinos foram distribuídos em mil açudes e reservatórios públicos do Estado. O povoamento das barragens foi assegurado, gerando 1.200 toneladas de peixe, renda e alimento para o pescador artesanal e muito sabor na ceia de Páscoa.

“Os pescados, de uma forma geral, possuem proteína de alto valor biológico, ou seja, contém aminoácidos essenciais que são fundamentais na manutenção do metabolismo”, pontua a nutricionista Sammy Gondim. Além das vitaminas que contribuem, respectivamente, para o fortalecimento para saúde da pele e do sistema dermatológico, os benefícios do alimento ainda incluem minerais, como o iodo e o selênio, que colaboram para funcionamento da tireóide e tem ação anti-oxidante.

“Além disso”, reforça Sammya, “os peixes fornecem ácidos graxos poli-insaturados ômega-3, os quais possuem ação antiaterogênica e antitrombótica”, reduzindo as chances de formação de placas nas paredes dos vasos sanguíneos e melhorando a circulação do corpo. E, assim, trazem benefícios à coagulação sanguínea e nas respostas inflamatória e imunitária.

Condições de higiene

Vale lembrar a importância do pescador e do consumidor observarem as recomendações da Anvisa quanto a higiene do local onde o peixe é comercializado e de quem manipula o produto. Os peixes precisam ser mantidos sob refrigeração, ou sobre uma espessa camada de gelo: livres de areia, poeira, pedaços de metais, plásticos e, principalmente, das moscas.

Na parte externa do peixe não pode apresentar manchas, furos ou cortes e as escamas precisam estar firmes e resistentes. Os olhos devem ocupar toda a cavidade ocular, não apresentarem pontos brancos e serem salientes e brilhantes. A membrana que reveste a guelra (opérculo) deve oferecer resistência à sua abertura e as brânquias variam do rosa ao vermelho intenso, conforme a espécie.

“Vale salientar que o consumo de peixes deve estar associado à hábito alimentar saudável, com a inclusão de todo tipo de alimentos e, consequentemente, de nutrientes”, conclui a nutricionista.