Em Parambu, cooperativa de apicultores já colhe 20 toneladas de mel

13 de fevereiro de 2019 - 14:30 # #

ASCOM André Gurjão andre.gurjao@sda.ce.gov.br

Embora a colheita do mel esteja apenas começando, os resultados obtidos pela Associação de Apicultores de Parambu (Paramel) já são animadores. É que os cerca de 150 apicultores organizados através da Paramel já colheram, desde o início do mês, 20 toneladas de mel. Após armazenarem o produto em recipientes plásticos, a busca agora é por um mercado consumidor que ofereça um bom preço.

A Paramel é uma das 265 associações comunitárias atendidas pelo Projeto São José III através do incentivo a projetos produtivos. Em 2017, o grupo de apicultores recebeu da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) a reforma da Casa de Mel e instrumentos que ajudam desde a colheita do mel até a preparação de embalagens para comercialização. O investimento total foi da ordem de R$ 535.408,38.

Pelo Whatsapp, o tesoureiro e um dos gerentes da Paramel, Ademar Oliveira Loiola, enviou ao técnico que acompanha a execução do São José no município as primeiras imagens da colheita. A quantidade de recipientes ocupando o galpão impressiona e dá real a dimensão do porquê o Estado do Ceará é um dos maiores produtores de mel em todo território nacional.

No ano passado, a produção anual da Paramel foi de 74 toneladas de mel e o incremento na renda familiar foi de R$ 5.247,27.

Incremento na produção

“Desde 2001, a gente já iniciava (o trabalho com apicultura), embora de forma ainda muito grosseira. Pegando as abelhas sem macacão, levando muita ferroada. Talvez por isso o projeto (São José) tenha dado tão certo, porque a gente já tinha experiência. Só a questão do pessoal ter recebido essa ajuda do governo já deu muita animação. Além disso, a questão de colmeias e indumentárias deu mais segurança e a produção tende cada vez mais crescer”, comenta o produtor.

A colheita e a qualidade do mel dependem muito da época da floração e da variedade das árvores nativas do semiárido nordestino. Pensando nisso, o Projeto São José também investiu na aquisição e entrega de mudas nativas. Somente no município de Parambu, foram entregues aroeira, cajueiro, ipês e sabiá.

Atualmente, a associação comunitária já conta com cerca de cinco mil colmeias, sendo mil entregues pelo São José e outras mil oriundas de financiamentos do governo federal. “É de se admirar porque a produção (normalmente) começa em março, estamos no dia 12 de fevereiro, e já estamos chegando em 20 toneladas. Isso é um sinal que o projeto vai ter um retorno importante, embora dependa muito das chuvas que (em 2019) vieram mais cedo”.